{"id":583443,"date":"2022-03-31T20:19:32","date_gmt":"2022-03-31T20:19:32","guid":{"rendered":"https:\/\/theintercept.com\/?p=392269"},"modified":"2022-03-31T20:19:32","modified_gmt":"2022-03-31T20:19:32","slug":"youtube-veta-impulsionamento-de-video-critico-ao-google","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/radiofree.asia\/2022\/03\/31\/youtube-veta-impulsionamento-de-video-critico-ao-google\/","title":{"rendered":"YouTube veta impulsionamento de v\u00eddeo cr\u00edtico ao Google"},"content":{"rendered":"

Nesta quinta-feira, o professor e pesquisador S\u00e9rgio Amadeu, respons\u00e1vel pelo podcast Tecnopol\u00edtica, foi surpreendido com um aviso: o YouTube vetou o impulsionamento de seu \u00faltimo v\u00eddeo. Intitulado “Por que as plataformas declararam guerra ao PL 2630?”, o epis\u00f3dio de seu podcast<\/a> trouxe a jornalista Renata Mielli, doutoranda de Ci\u00eancias da Comunica\u00e7\u00e3o na ECA-USP, para discutir a ofensiva das big techs contra o PL das Fake News.<\/p>\n

Eu escrevi sobre o tema na newsletter<\/a> do Intercept<\/strong> no \u00faltimo s\u00e1bado. Na semana passada, o Google come\u00e7ou a mandar para seus anunciantes um e-mail bem alarmista: se o PL 2630 for aprovado, “milhares de pequenas e m\u00e9dias empresas no Brasil \u2013 muitas delas ainda se recuperando da crise causada pela pandemia \u2013 ter\u00e3o dificuldades em aumentar suas vendas com a ajuda da publicidade on-line”. O e-mail foi o \u00faltimo passo da investida das big techs contra o projeto de lei, que teve seu relat\u00f3rio final apresentado hoje. A campanha j\u00e1 teve an\u00fancio de p\u00e1gina inteira em jornal, chamada na p\u00e1gina inicial de buscas do Google e propaganda em aeroporto, sempre no mesmo tom apocal\u00edptico.<\/p>\n

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Conte\u00fado ‘depreciativo': a justificativa da empresa para o veto no impulsionamento. <\/p>\n<\/div>\n

O epis\u00f3dio do Tecnopol\u00edtica foi sobre isso. “O Google faz uma campanha de terrorismo midi\u00e1tico com base em desinforma\u00e7\u00e3o para se colocar contra o debate de uma legisla\u00e7\u00e3o nacional. Isso \u00e9 grav\u00edssimo”, diz Mielli no podcast.<\/p>\n

Para o Google, a conversa entre os pesquisadores se tratou de “conte\u00fado perigoso ou depreciativo”. Essa foi exatamente a justificativa da empresa para vetar o impulsionamento do v\u00eddeo, quando o produtor paga para que seu conte\u00fado chegue a mais pessoas. Segundo Amadeu, n\u00e3o foi a primeira vez: outros dois v\u00eddeos do podcast, cr\u00edtico \u00e0s grandes empresas de tecnologia, j\u00e1 tiveram vetos semelhantes. Um deles foi com a Larissa Santiago, do Blogueiras Negras, sobre racismo algor\u00edtmico. A justificativa, no entanto, era diferente: o YouTube classificou<\/a> aquele conte\u00fado como chocante, mesma categoria em que figuram, por exemplo, v\u00eddeos de suic\u00eddio. O v\u00eddeo teve pouco mais de 100 visualiza\u00e7\u00f5es \u2013 a m\u00e9dia dos outros do canal, quando impulsionados, \u00e9 de 1,6 mil. <\/p>\n

Curiosamente, um dos pontos do PL das Fake News \u00e9 justamente dar mais transpar\u00eancia aos processos e modelos de modera\u00e7\u00e3o de conte\u00fado. Eu perguntei ao YouTube as raz\u00f5es do veto ao impulsionamento do epis\u00f3dio de podcast. N\u00e3o houve retorno at\u00e9 o fechamento deste texto. <\/p>\n

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YouTube classificou como ‘conte\u00fado depreciativo’ v\u00eddeo sobre o lobby da empresa no PL das Fake News.<\/p>\n

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